sexta-feira, 5 de setembro de 2008

MISSÃO: TIMBRE DE GUITARRA “ARCHAENGEL”

(26/07/08) - (registro com data retroativa)
Aqui estamos de volta a este diário virtual.
Tem sido mais complicado do que imaginava escreve-lo...
Paralelamente e estas gravações estamos também ocupados com um novo membro na banda, o guitarrista Kleber Fabianni e também com muitas atividades relativas à produção de um show conjunto bastante especial...

Ok, chegou a hora de gravar minhas guitarras.
Utilizei somente minha velha e fiel “lil blakk” uma Jackson RR com captação EMG.
Nenhuma outra substituta.
O desafio antes de mais nada era encontrar um timbre que funcionasse bem para as nossas musicas, melhor dizendo: um timbre que funcione bem tanto para musicas/partes pesadas e rápidas quanto para trechos atmosféricos.
Na pré-produção essa foi uma dificuldade que encontrei, alguns timbres “monstro” que me agradaram, bastante encorpados e pesados, realmente só rolaram bem em nossas musicas mais cadenciadas... tivemos de ir para um setor mais “clean” nesta busca, e apesar de reticente fomos em frente.
Gus realmente não me deixaria em paz se algo estivesse embolando mais a frente por uma escolha inflexível de minha parte. Minha confiança nele foi crucial nesse processo.
No entanto, não começaríamos a gravar enquanto ambos não estivessem 100% satisfeitos com este timbre, sem racionamento de tempo.
Começamos pela combinação de alguns microfones especiais do Gus com o som da minha guitarra vindo direto do Power Marshall Valvulado 9200.
Muda mic de lugar, de ângulo....encontramos sons realmente legais mas nada que fizesse meus ouvidos “brilharem”.
Trocamos de microfone, microfonamos um ampli Peavey, passando o som ainda pelo 9200, ficou mais interessante mas ainda não senti que era o som adequado.

Ligo então minha simples pedaleira DOD a pedido do Gus (coisa que não estava planejada, porque de fato face a todas as possibilidades de um bom estúdio, ela seria totalmente dispensável) tiro um som bom dela mas queria algo novo e especial para o CD. E surpreendentemente foi por ai que o negócio começou a esquentar, Gus conjuntamente com o som da minha pedaleira usou uma porção dos seus racks (não consegui memorizar quais foram) microfonando uma caixa do tipo “PA” (não utilizamos um amplificador convencional) com 2 microfones, de modo que o som “somado” de ambos ao fim ficou foda!
Áspero, sujo, meio médio mas ao mesmo tempo nítido. Me lembrou um pouco o timbre de guitarra que algumas bandas Suecas nos anos 90 (Entombed, Dismember, Katatonia) usaram.
Tivemos um final feliz ainda neste primeiro período no estúdio, confesso que me surpreendi, pois parecia que a coisa ia enrolar...

Um grande estimulo para começar arregaçando!
\m/

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